O Mondeo chegou ao Brasil em 1995, ano em que acabou a parceria. Sedã médio-grande de desenho arredondado e em sintonia com o mercado europeu, foi importado da Bélgica para substituir o Versailles (também conhecido como clone do Santana).
Na Europa, o Mondeo foi lançado em 1993 para suceder o Sierra. A intenção era mesmo ser um carro mundial. Além de fabricado na nova fábrica belga de Genk, foi vendido nos Estados Unidos com o nome de Contour e também com a marca Mercury Mystique.
Voltando ao Brasil, chegou nas opções de carroceria sedã de quatro portas, liftback de cinco portas e perua (Station Wagon), também de cinco portas (na verdade, a quinta porta é a tampa do porta-malas que dava acesso ao interior do carro), todas nas versões de acabamento CLX e GLX, ambas com motor Zetec de 16 válvulas, respectivamente 1.8 de 115 cavalos e 2.0 136cv.
Com
ar condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, direção
hidráulica escamoteável, vidros, travas e espelhos elétricos,
desembaçador do vidro traseiro e retrovisores externos, air bag do
motorista e cintos com pré-tensionadores desde a versão básica, além de
bancos do motorista com ajuste elétrico e opcionais como câmbio
automático, teto solar e rodas de alumínio na versão GLX, o Mondeo tinha
um bom custo-benefício e preço compatível com os seus concorrentes
nacionais na época, como o Chevrolet Vectra, o Fiat Tempra e até o
Volkswagen Santana e gêmeo Ford Versailles, antecessor do Mondeo, que
acabou não resistindo muito no mercado. Concorria também em vantagem com
os importados Volkswagen Passat, Renault Laguna, Peugeot 405 e Citroën
Xantia.
Além do estilo e do custo-benefício, o Mondeo também tinha ótimos acabamento, espaço interno e dirigibilidade. Desempenho (chegava aos 202 km/h, segundo a revista Quatro Rodas) e consumo (média de 10,92 km/l) eram satisfatórios. Seus pontos fracos eram o porta-malas de 369 litros (471l na perua) e a carroceria muito baixa. Como consequência disso o para-choque dianteiro sempre raspava em quebra-molas e rampas, chegando até a trincar ou mesmo se quebrar. A peça não era muito barata. Houve quem improvisasse um para-choque de outro carro, inclusive do Palio, como eu já vi no Mondeo de um ex-professor da faculdade.
Em 1997, o Mondeo chegou com profunda reestilização frontal e traseira. A estrutura da carroceria era a mesma. A grade passou a ser bem oval com contornos cromados. Era um modismo exagerado da Ford na época de querer remeter a identidade visual de todos os seus carros às formas do seu logotipo. Os faróis passaram a ser grandes e bem envolventes, assim como as lanternas traseiras do sedã. A tampa do porta-malas deste ficou mais arredondada. Por dentro o desenho básico do painel também foi mantido, mas os comandos e instrumentos foram atualizados. A perua, no entanto, só ganhou uma régua cromada na traseira como o irmão de três volumes. Já o hatch, que ganhou lanternas parecidas com a do sedã, deixou de vir para o Brasil.
Além do estilo e do custo-benefício, o Mondeo também tinha ótimos acabamento, espaço interno e dirigibilidade. Desempenho (chegava aos 202 km/h, segundo a revista Quatro Rodas) e consumo (média de 10,92 km/l) eram satisfatórios. Seus pontos fracos eram o porta-malas de 369 litros (471l na perua) e a carroceria muito baixa. Como consequência disso o para-choque dianteiro sempre raspava em quebra-molas e rampas, chegando até a trincar ou mesmo se quebrar. A peça não era muito barata. Houve quem improvisasse um para-choque de outro carro, inclusive do Palio, como eu já vi no Mondeo de um ex-professor da faculdade.
Em 1997, o Mondeo chegou com profunda reestilização frontal e traseira. A estrutura da carroceria era a mesma. A grade passou a ser bem oval com contornos cromados. Era um modismo exagerado da Ford na época de querer remeter a identidade visual de todos os seus carros às formas do seu logotipo. Os faróis passaram a ser grandes e bem envolventes, assim como as lanternas traseiras do sedã. A tampa do porta-malas deste ficou mais arredondada. Por dentro o desenho básico do painel também foi mantido, mas os comandos e instrumentos foram atualizados. A perua, no entanto, só ganhou uma régua cromada na traseira como o irmão de três volumes. Já o hatch, que ganhou lanternas parecidas com a do sedã, deixou de vir para o Brasil.
Foto da traseira: Wikipedia
Foto do painel: Fabrício Samahá (Bestcars Website)
O
custo-benefício se manteve, mas o motor da versão CLX aumentou de
cilindrada, passando a 2.0. Porém, a potência do Zetec, também usado no
GLX, caiu de 136 para 130 cavalos. Bom para o primeiro, ruim para o mais
caro. Em 1999 chegou a versão Ghia, com motor V6 2.5 de 170 cavalos,
esperado desde o lançamento quatro anos antes.
Em
2002 o Mondeo perdeu a competitividade que tinha no mercado ao ser
totalmente reestilizado. Saía o conceito oval e entrava o New Edge.
Tornou-se um carro maior, mais luxuoso e bem mais caro. Seu antigo
segmento no mercado foi ocupado pelo Focus Sedan argentino. Veio apenas o
sedã com motor Duratec 2.0 de 147 cavalos na versão Ghia. A SW ficou de
fora desta vez.
Fotos: Reginaldo Manente (Ford)
O Mondeo voltou a ser levemente reestilizado em 2005. Entretanto, no ano seguinte, a Ford viu que o Fusion, maior e fabricado no México, saía mais rentável porque o Brasil tem acordo comercial com o país latino-americano, que o isenta de imposto de importação. De lá, já viera, entre 2001 e 2004, o Fiesta Sedan. Resultado: o belga e caro Mondeo saiu de cena definitivamente no Brasil. Em vez da moderna terceira geração, com estilo Kinetic, a Ford do Brasil preferiu o conservador e quadrado Fusion.
O Mondeo voltou a ser levemente reestilizado em 2005. Entretanto, no ano seguinte, a Ford viu que o Fusion, maior e fabricado no México, saía mais rentável porque o Brasil tem acordo comercial com o país latino-americano, que o isenta de imposto de importação. De lá, já viera, entre 2001 e 2004, o Fiesta Sedan. Resultado: o belga e caro Mondeo saiu de cena definitivamente no Brasil. Em vez da moderna terceira geração, com estilo Kinetic, a Ford do Brasil preferiu o conservador e quadrado Fusion.