como limpar a DPMFE ( egr)
Bem, finais de semana, sem muito o que fazer, fui fuçar na net e na barca, sobre EGR, porque eu queria testar e voltar a rodar com ela normal. Quando vi o funcionamento da EGR, disse: "- Porra, não tem mistério! É uma válvula que abre com o vácuo! Ela deve estar travada aberta, por isso engasga."
Retirei a EGR, limpei com descarbonizante. Tirei toda a carbonização. A válvula ficou um doce, botava sugar na entrada da mangueirinha de vácuo que ela abria fácil! Infelizmente não tirei fotos!
Montei e os tranquinhos voltaram (digo voltaram porque estava isolada, portanto sem tranquinhos).
Fucei mais na net e entendi, mais ou menos, o funcionamento do sistema. Vamos ao gráfico:
O sistema é assim: a EGR é a válvula que abre ou fecha a recirculação de gases. Essa recirculação é medida pela DPFE, que gera um sinal para a central. Esse sinal é interpretado pela central, que envia um comando para a EVR regular a quantidade de vácuo que vai para EGR, aumentando ou diminuindo a abertura da EGR, portanto mandando mais gases do escape para admissão ou fechando!
Simples! hehehe
Então, se a EGR abre e fecha fácil após a limpeza, e o problema permanece (no meu gerava código P0401 - Fluxo de recirculação insuficiente), falta testar os outros componentes. Logicamente, tenha certeza que nenhuma mangueira de vácuo está rasgada ou solta.
Aqui ela:
Para removê-la, solte esse sextavado, que é 10mm, e tem um abaixo também. E solte a porca na parte de baixo da EGR, que é uma porca 20 ou 22mm, não lembro. Essa porca grande, oxida e dá uma trabalho legal para soltar, por isso recomendo jogar um pouco de descarbonizante nela, que desprende mais fácil.
EVR: Pelo o que li, a EVR basta ter resistência de 30 a 70 Ohm e ao ligar o motor da barca, quando frio, ela não deve mandar vácuo para a EGR, nem deve abrir em lenta. A minha está OK! Até porque, eu desmontei essa peça e não tem mistério, é um sistema de pequeninas válvulas, controladas por tensão, que redireciona o vácuo captado na admissão:
É essa criança:
Essa tampinha de cima não é difícil de retirar. Com uma chave de fenda vá liberando as travas, que ela sai. Aí você verá um caninho, logo abaixo um circuito e na tampa há um filtro de ar.
Como eu desmontei, eu aproveitei e limpei o filtro e mandei descarbonizante e limpa-contatos dentro dos caninhos. Usei essa sequência porque o descarbonizante demora a secar, mas remove mais sujeiras, então o limpa-contatos vem e remove todo o descarbonizante, deixando tudo limpíssimo.
DPFE: os demais estando OK, falta testar essa bendita, que já antecipo: tenho quase toda certeza que é 98% dos casos de falha no sistema de recirculação e vocês verão porquê!
Aqui a bendita:
Essa peça capta o gás que vem direto pelo tubo da EGR, oriundo do coletor de escape por uma mangueira, que é a EMS lá no primeiro esquema. Tem um orifício no tubo da EGR, para reduzir o fluxo e logo após essa constrição, entra mais um tubo para a DPFE, que é a IMS do esquema. O DPFE calcula essa diferença de pressão entre os dois tubos, que vai variar com o fluxo gerado pela abertura ou fechamento da EGR. Essa condição gera uma variação de tensão que vai para a central, comandando a EVR para controlar a abertuda da EGR.
A DPFE tem um plug com 3 fios, como mostrei, você deixa o conector ligado, aterre um multímetro no neutro da bateria e a outra ponta mete no
- no terminal de baixo: tem que ter cerca de 5V, porque é o que vem da central.
- no terminal de cima, o número varia com o estado da EGR. Você pode retirar a mangueira de vácuo da EGR e pôr uma mangueira onde você possa sugar. Aí veja o comportamento dos V quando não suga (EGR fechada) e quando suga (EGR aberta - nesse caso, em lenta, o motor vai falhar legal).
Se sugando ou sem sugar a mangueira, ou seja, com EGR aberta ou fechada, não houver diferença de leitura: BINGO! Sua DPFE está ferrada! Na minha ela ficou entre 0,12 e 0,17V independente da posição da EGR, mas mexe aqui, mexe lá, começou a ler como uma Lambda (oscilando entre 0,2 e 1,2V, dependendo da aceleração, da sugada na EGR, mas depois travou de novo em 0,16V e lá ficou!
Então retirei a DPFE e resolvi desmota-la! Isso mesmo, vi em uns sites americanos que uns doidos desmontaram, então resolvi fazer o mesmo:
Quando retirei minha DPFE, olha o estado dos tubos:
Viram as crostas?? Produto do escape... por isso disse que tenho quase toda certeza que 98% das falhas do sistema EGR é culpa desse treco!
Limpei com descarbonizante e ficou assim:
Mas não resolveu! Certamente a crosta estava profundamente, lá dentro do sistema que capta a pressão!
Vejam que a peça é fechada por 6 cravos!
Basta pegar um prego ou uma broca, fina o bastante para passar pelos furos e soltar os cravos. Ponha o prego ou broca nessa parte da foto anterior, que é onde fica o rebate dos cravos. Do outro lado, a "cabeça" é maior e é quem fixa.
Usei esse pedaço de broca:
E fui batendo na parte rebatida do cravo, com cautela, sobre um pedaço de madeira e fui soltando os cravos. Eu usei um pouco do descarbonizante sobre os cravos, tanto na frente como no verso, para soltar mais fácil.
E o resultado? 6 cravos na mão! É bom retirar com cautela, porque ainda dá para aproveitar os cravos. Ou pode comprar parafusos e porcas, para fechar.
Ao abrir a DPFE, será que havia alguma surpresa???
Que nada... como era de se esperar, estava ENTUPIDO de crosta! Os orifícios não davam mais acesso ao componente que lê a pressão, tudo entupido por essa borra branca. Note na segunda foto, que por baixo da crosta há uma peça de cerâmica, que está entupida também por crosta. Ah, e tem que levantar o circuito (não retirei o circuito, apenas levantei mesmo) junto com a cerâmica, para limpar também, que é onde fica a outra entrada da DPFE, também estava entalada de crosta.
Descarbonizante + limpa-contatos + chave de fenda.
(relembrando, usei descarbonizante e depois o limpa-contatos, porque esse segundo remove o primeiro, deixando tudo limpinho e seco).
E olha o resultado:
Agora a peça pode captar os gases. Se vai prestar, ainda não sei. Porque dei uma pausa para almoço e ainda não pus de volta no carro.
As juntinhas foram lavadas com água mesmo.
Note, dentro da junta quadrada, há uma membrana, tipo um papel celofane, que tem um lado certo, por baixo da cerâmica, na parede que fixa o circuito. Nesse lado, a cerâmica tem um orifício e acho que o deslocamento dessa membrana gera alguma alteração que será captada pelo sistema.
Montei as juntinhas, devido ao estado delas, com uma cola de juntas da Mahle, que parece um veda-rosca de canos, mas é um produto automotivo mesmo.
Feche tudo bonitinho, como era antes, recoloque o cravos no lugar e agora, com um metal cilíndrico de ponta, bata na parte dos cravos que bateu para remover, porém agora, com objeto de ponta, para abrir o cravo, travando, do mesmo jeito que era antes:
Obs: é bom usar alguma coisa para fixar as duas metades bem juntas, para o cravo segurar numa posição que lacre legal.
Obs2: escore o outro lado do cravo, ao rebater, para ele não sair ou travar frouxo.
E, finalmente, um acabamento nas frestas laterais, com a mesma cola de junta, para não haver vazamento de gases pelo contorno:
Pronto! Só montar e testar! Pior do que estava, certamente não ficará!
Ah, as mangueirinhas não tem como errar! Têm diâmetros diferentes e se quiser ter certeza, na peça vem escrito REF, que é o ducto que pega a mangueira que fica para o lado do coletor de escape e é o lado que entra a mangueira mais próxima da EGR.
Bem, minha parada, enquanto postava esse SAF, foi para esperar a cola secar... então ainda não montei para testar!
Estou indo agora montar e depois de testar tudo, eu posto aqui os resultados.
E fica a dica: quem ainda não teve problemas e quiser se aventurar, é uma boa ideia abrir e limpar, porque com toda certeza já deve haver bastante crostas! Mas claro, a abertura só é possível se for a peça de alumínio. Nos mais novos, a Ford trocou por uma peça de plástico, aí creio que não seja tão fácil abrir.
deixem seus comentarios se funcionou depois desta limpeza,assim voce ajuda outras pessoa a resolver mais este problema. compartilhem divulguem este blog, agradeço a todos!!!!!!
Se tiverem duvidas deixem suas preguntas e tentarei respondelas assim que puder......
A
remodelação em 1997 deu-lhe linhas arrojadas, como nos faróis e lanternas que avançam
nos pára-lamas 
No
interior tradicional, volante perfeito e com dupla regulagem, ar-condicionado automático
e controle de velocidade 
A
carroceria inclina-se nas curvas, mas com atitude neutra e previsível; ótimos freios
